Projeto Ave Missões: Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação com Aves da Região Noroeste do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Encontro de COAs no Turvo

O Parque Estadual do Turvo, desconhecido por grande parte dos gaúchos, é uma selva viva em pleno Rio Grande do Sul, em pleno século 21. Há poucos dias foi realizada uma expedição conjunta entre o COA de Porto Alegre e COA de Santo Ângelo (ou grupo Ave Missões, como nos denominamos) a este parque. Foram quatro dias de intensa observação de aves, onde os participantes dos clubes de observação de aves estavam permanentemente atentos ao que viam e ao que ouviam.

COAs de Porto Alegre e Santo Ângelo (Ave Missões) no Parque Estadual do Turvo. Foto: Paulo B. Rodrigues.

Tivemos muita chuva em nossa atividade, mas com uma lista de cerca de 180 espécies de aves, considerando as observações de ambos COAs, provou-se que chuva não é desculpa para deixar de observar aves. Uma capa-de-chuva ou um guarda-chuva resolvem o problema quando a coisa aperta. Por outro lado, a atividade de fotografia pode ficar um pouco comprometida pela falta de luz no ambiente florestal, ainda sim, belíssimas fotos são possíveis.

Caneleirinho, Pachyramphus castaneus. Foto: Veridiana Tamiozzo.

Pavó, Pyroderus scutatus. Foto: Luiz Carvalho.

Pato-do-mato, Cairina moschata. Foto: Luana Almeida.

Muitos foram os lifers - aves vistas pela primeira vez - e entre as aves que mais cativaram os participantes, sem dúvida, estão a saíra-de-sete-cores, araçari-castanho, araçari-banana, gavião-tesoura, saíra-de-papo-preto, surucuá-de-barriga-amarela, trovoada-de-bertoni, gavião-pato, pavó e o pica-pau-de-cara-canela. Este último, além de ser o símbolo do COA de Porto Alegre e estar seriamente ameaçado de extinção, deu o ar da graça em um momento cheio de mistério, surpresa e fascinação.

Pica-pau-de-cara-canela, Dryocopus galeatus. Foto: Osmar Sehn.
   
Tivemos algumas surpresas, como o acauã - registrado por participantes de Santo Ângelo que foram embora mais cedo - e também o tucanuçu, visto após o retorno do COA de Porto Alegre. O Salto do Yucumã, por outro lado, estava cheio, mas algo pode ser dito a respeito disso: Visitar o Parque Estadual do Turvo não limita-se a contemplar o grandioso Salto, as belezas do Parque, muitas vezes, escondem-se mata adentro, nas copas das árvores, nas lagoas que beiram estradas, no espaço aéreo sobre o verde da floresta,  no som que enche os ouvidos e nas cores que rejuvenescem os olhos.

Surucuá-de-barriga-amarela, Trogon rufus. Foto: Eduardo Chiarani.

Acauã, Herpetotheres cachinanns. Foto: Paulo B. Rodrigues.

   
Uma experiência maravilhosa, sem dúvida, deve ter ficado impressa nos corações dos participantes, pois, além de belas aves observadas, amizades foram feitas e ensinamentos compartilhados. Um pedaço d'agente parece não voltar, mas um pouco do Turvo em nós encontrou um lugar! E se alguma espécie, em particular, não foi avistada, não é por falta de generosidade da floresta, mas sim para que um dia tenhamos motivos para lá voltar...

Tucanuçu, Ramphastos toco. Foto: Adelita Rauber.

Todas as fotos foram feitas durante a expedição. Agradecimentos especiais a todos os integrantes dos COAs de Porto Alegre e Santo Ângelo, aos administradores do Parque Estadual do Turvo e do Balneário Martens. Um grande Abraço!

4 comentários:

  1. belíssima excursão. deu vontade de estar por ai, apesar da chuva.

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  2. Hehehe. Valeu, Luiz Álvaro! Quando quiser aparecer é só falar. Grande abraço!

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  3. Realmente o Parque do Turvo é algo encantador, um dos lugares onde consigo sentir uma paz indescritível, um lugar onde possibilita observar várias espécies de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes. Tudo me encanta, sem falar na beleza que é ver o Salto do Yucumã. Parabéns pelo trabalho Dante, ótimas fotos.

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