Maria-cavaleira. Foto: D. Meller. |
Existem três espécies do gênero Myiarchus com o ocorrência no RS, a maria-cavaleira (M. ferox), a maria-cavaleira-de-rabo-ferrugem (M. tyrannulus) e o irré (M. swainsoni) [1].
Todas são muito parecidas, e a maneira mais segura de diferenciá-las é através de suas vocalizações, que são distintas.
Apesar disso, a espécie mais comumente avistada no estado é o irré, que é migratória e bem mais comum que as outras duas [2].
Todas são muito parecidas, e a maneira mais segura de diferenciá-las é através de suas vocalizações, que são distintas.
Apesar disso, a espécie mais comumente avistada no estado é o irré, que é migratória e bem mais comum que as outras duas [2].
A maria-cavaleira passou muitos anos sem ter registros confirmados no RS, até que Bencke (2010) divulgou sua redescoberta com um registro feito em Itaqui no ano de 2007.
A maria-cavaleira-de-rabo-ferrugem é considerada ameaçada de extinção, na categoria de vulnerável, na recente atualização da lista vermelha do RS, e sua ocorrência parece estar associada às savanas de espinilho e ambientes xerófilos similares no extremo oeste do estado [4].
Maria-cavaleira no Sítio Água Doce. Foto: D. Meller. |
Eu mesmo já havia registrado a maria-cavaleira (M. ferox) em duas oportunidades na região noroeste do RS, uma vez em Cerro Largo e outra em São Luiz Gonzaga. Havia, ainda, um terceiro registro não confirmado para Santo Ângelo, no Cemitério Parque Jardim da Paz [DAM].
Hoje, junto do amigo Paulo B. Rodrigues, tivemos a felicidade de topar com a espécie no Sítio Água Doce, enfim confirmando a presença da ave na Capital das Missões.
Hoje, junto do amigo Paulo B. Rodrigues, tivemos a felicidade de topar com a espécie no Sítio Água Doce, enfim confirmando a presença da ave na Capital das Missões.
Maria-cavaleira no Sítio Água Doce. Foto: D. Meller. |
Primeiramente achamos curioso encontrar uma espécie de Myiarchus essa época do ano, já que a mais comum delas, o irré, só ocorre na primavera/verão e as outras duas não se sabe muito bem, com status de ocorrência desconhecido [5].
Resolvemos então tocar o playback da maria-cavaleira e tivemos uma boa resposta de aproximação, com duas aves ficando um bom tempo ao nosso redor. Estavam um tanto silenciosas, mas, em raras oportunidades que vocalizaram, pudemos confirmar a espécie com segurança. Um registro que valeu o dia...
O fato de uma das fotos apresentar o ferrugem na cauda pode representar uma ave ainda jovem [6], o que descartaria um improvável registro da maria-cavaleira-de-rabo-ferrugem em Santo Ângelo.
Por fim, Paulo e eu, consideramos que seja a maria-cavaleira "comum", que, aliás, é um tanto rara por essas bandas...
Agradecimentos ao amigo Piu, que sempre abre as portas do sítio Água Doce para o Ave Missões.
1. Bencke et al. (2010)
2. Belton (1994)
3. Bencke (2010)
4. http://www.liv.fzb.rs.gov.br/livcpl/?id_modulo=1&id_uf=23
5. Bencke (2001)
6. Gwynne et al. (2010)
5. Bencke (2001)
6. Gwynne et al. (2010)
DAM - Observação pessoal Dante Andres Meller
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Veja também:
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Foi um prazer muito grande, amigo Dante ! Valeu Piu !!
ResponderExcluirValeu, Paulo!!! Mais uma pra SA! Abs
ExcluirMuito bacana!!! E os vídeos tornam as postagens ainda mais "vivas" para nós que nem sempre podemos acompanhá-los!!! Show de bola!
ResponderExcluirValeu, Lu... os videos tem essa qualidade mesmo.. bjo!
ExcluirMuito lindo o trabalho Dante!!
ResponderExcluirAs porteiras do Sítio Água Doce estão sempre abertas para este trabalho maravilhoso com os pássaros!!Abço
Obrigado, Rosane... Estaremos lá novamente... Abraço!
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