Projeto Ave Missões: Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação com Aves da Região Noroeste do Rio Grande do Sul

quinta-feira, 29 de junho de 2017

As incertezas de uma passarinhada

Flamingo-chileno na Lagoa do Peixe.
Foto: Adaltro C. Zorzan.
*por Christian Beier
Existe um livro de Nassim N. Taleb intitulado “A lógica do cisne negro”.

Nele o autor fala sobre filosofia e estatística, uma leitura pesada talvez.

Vou poupar-lhes da aula de estatística, mas em síntese esse livro diz que os eventos menos prováveis são aqueles que acabam causando o maior impacto nas nossas vidas (seja positiva ou negativamente).

O que o cisne negro tem a ver com isso? ...


Imagine que antes dos europeus iniciarem as grandes navegações, todos os cisnes conhecidos eram inteiramente brancos. Qual seria a probabilidade de encontrar algum cisne totalmente preto? Mínimas! No entanto, quando os europeus chegaram na Austrália, encontraram vários cisnes negros, na verdade uma espécie (Cygnus atratus). Por isso o título do livro. O engraçado é que aqui na América do Sul, e no Rio Grande do Sul inclusive, temos uma espécie de cisne metade branco e metade preto, o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus). Não sei se esse cisne de duas cores não seria mais ou menos provável na visão dos antigos europeus. Mas sei que cisnes-de-pescoço-preto seriam bem prováveis de encontrar na saída do Ave Missões, cujo destino era o Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Grupo Ave Missões no PN da Lagoa do Peixe. Foto: Márcia Koch.

Alguns amigos do grupo já haviam ido passarinhar na Lagoa do Peixe, em dezembro de 2015, então já tinham alguma ideia das possibilidades. Além disso, nosso amigo Pedro Sessegolo estava em constante contato com nosso guia para saber das condições de acesso. Em virtude do grande volume de chuvas nas semanas anteriores, ficamos sabendo que a Lagoa estava muito cheia. A abertura da barra da Lagoa do Peixe, sua conexão com o mar, era algo que estava previsto, mas eram necessárias condições bem específicas de vento para que pudesse ser feita. Esse evento poderia ser bom para nós, já que algumas aves são atraídas por ele.

Bando de talha-mar. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Pegamos a estrada no feriado de Corpus Christi, antes do raiar do dia. Logo ficamos sabendo que a barra da Lagoa havia sido aberta, o que deixou o grupo animado. Após uma pausa para o almoço em Porto Alegre e a reunião com mais dois amigos que iriam conosco, seguimos viagem. Até o momento não tínhamos parado muito no caminho, mas a partir de Capivari do Sul as paradas foram frequentes e com direito a lifers para alguns integrantes do grupo. De cara, a abundância de duas espécies chamou a atenção: o gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis), visto a cada poucos quilômetros, e o garibaldi (Chrysomus ruficapillus), que formava bandos grandes fartando-se nas lavouras de arroz já colhidas. Mas o momento mais emocionante da viagem foi quando um gavião-do-banhado (Circus buffoni) estava sobrevoando uma taipa entre lavouras de arroz, quando de repente caiu sobre um saracuruçu (Aramides ypecaha). O gavião tirou o saracuruçu do chão, mas este se desvencilhou das garras do predador e correu para se esconder na vegetação. Momento este parcialmente capturado por nossas câmeras, mas mesmo se não tivessem fotos, é esse tipo de coisa que faz a observação de aves ser emocionante! Nunca se sabe o que pode acontecer!


Garibaldi macho. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Gavião-do-banhado investindo contra o saracuruçu. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Chegamos na pousada ao anoitecer, e pelo nome não poderia haver lugar melhor para nos hospedarmos: Aldeia Santuário das Aves! Tentamos algumas corujas depois da janta, mas sem sucesso e isso se repetiu nas demais noites.

No dia seguinte nos encontramos com o guia Flávio Ronaldo e começamos a passarinhada! Fomos na Trilha das Figueiras e pelo trajeto já vimos que o acesso aos locais poderia não ser muito fácil. As estradas estavam com bastante água acumulada ainda, em poças, e temíamos que algum dos carros pudesse atolar. Felizmente, não tivemos esse problema durante os dias que estivemos lá. No entanto, a Lagoa do Peixe cobriu grande parte das trilhas que a atravessam, limitando até onde podíamos ir. A água estava a poucas dezenas de metros da restinga. Ali registramos caminheiro-de-espora (Anthus correndera), joão-botina-do-brejo (Phacellodomus ferrugineigula) e alegrinho-trinador (Serpophaga griseicapilla), este último geralmente mais registrado no inverno aqui no Rio Grande do Sul.

Trilha das Figueiras. Foto: Márcia Koch.

Trilha das Figueiras. Foto: Márcia Koch.

Caminheiro-de-espora. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Seguimos para a Trilha do Talha-mar, onde nos deparamos com a mesma situação da trilha anterior: quase toda submersa. Mesmo assim, dali conseguíamos enxergar ao longe, mais no meio da Lagoa, um aglomerado de aves. Ali estavam os cisnes-de-pescoço-preto, acompanhados por um casal de capororocas (Coscoroba coscoroba) e vários flamingos-chilenos (Phoenicopterus chilensis). Porém, a distância era grande e não propiciou fotos ou uma vista mais nítida dessas belíssimas aves. Mas os maguaris (Ciconia maguari) permitiram uma boa aproximação e de dentro do carro conseguimos observar e fotografar, o que de certa forma compensou a distância das outras aves. Na esperança de conseguirmos ver um pouco mais de perto os flamingos e os cisnes, decidimos que após o almoço iríamos para a barra da Lagoa do Peixe. Mas para isso teríamos que fazer uma volta muito maior, pelo Balneário Mostardense, em função das trilhas estarem submersas.

Flamingo-chileno. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Antes do almoço ainda fizemos uma parada para apreciar as miniaturas de aves feitas pelo artesão Eloir Antonio Rodrigues da Silva. Um trabalho lindíssimo! Compramos algumas miniaturas como lembrança da Lagoa do Peixe, mas se tivéssemos dinheiro suficiente teríamos comprado um exemplar de cada espécie de ave!

Grupo Ave Missões com o artesão Eloir e suas belas miniaturas de aves. Foto: Márcia Koch.

Então como havíamos decidido, depois do almoço nos dirigimos para a praia pela Trilha das Dunas, mas paramos em um banhado para ver o que encontraríamos. Este se mostrou um lugar muito promissor, onde gastamos algum tempo. Haviam muitas andorinhas-de-sobre-branco (Tachycineta leucorrhoa) e estávamos tentando encontrar alguma andorinha-chilena (Tachycineta leucopyga), o que pode ser difícil já que as duas espécies são bem parecidas, e no fim não conseguimos confirmar a andorinha-chilena. Registramos também bate-bico (Phleocryptes melanops), capororoca, viuvinha-de-óculos (Hymenops perspicillatus), papa-piri (Tachuris rubrigastra), joão-da-palha (Limnornis curvirostris), joão-pobre (Serpophaga nigricans), e um gavião-preto (Urubitinga urubitinga).

Trilha das dunas. Foto: Márcia Koch.

Bate-bico. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Viuvinha-de-óculos fêmea. Foto: Adaltro C. Zorzan.

João-da-palha. Foto: Adaltro C. Zorzan.

O papa-piri veio bem pertinho da estrada, após termos atraído ele com o playback, e deu um show à parte. Foi quando um dos maiores sustos da viagem aconteceu. Nosso amigo Adaltro teve que trocar o cartão de memória da câmera dele, pois este encheu. Ele estava em cima de uma ponte de madeira, o cartão caiu na ponte e caiu na água por entre as tábuas. Todas as fotos do dia anterior e daquela manhã estavam naquele cartão. Deve ter dado um frio na espinha. Mas, depois do choque inicial, foram para a água, era raso e a água bem cristalina. Qual seria a probabilidade de encontrar o cartão dentro da água? Mas nosso guia enxergou o cartão e conseguiu pegá-lo. Que alívio! Depois de deixar o cartão secar um tempo foi confirmado que nada se perdeu. O trajeto até a barra da Lagoa era longo, por isso resolvemos seguir adiante para não ficar muito tarde.

Papa-piri. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Que susto hein Adaltro?! Foto: Paulo B. Rodrigues.

Na praia as aves são outras! Quilômetros de praia e a cada poucos metros havia algum piru-piru (Haematopus palliatus), gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis), gaivotão (Larus dominicanus) ou trinta-réis. Vez ou outra apareciam outras espécies de aves costeiras e limícolas. Podemos destacar batuíra-de-coleira-dupla (Charadrius falklandicus), batuiruçu-de-axila-preta (Pluvialis squatarola), maçarico-branco (Calidris alba), maçarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus). Os trinta-réis são um desafio à parte, já que existem espécies muito similares e diferentes plumagens para a mesma espécie, assim como para os maçaricos e gaivotas. Vimos trinta-réis-anão (Sternula superciliaris), trinta-réis-de-coroa-branca (Sterna trudeaui), trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) e trinta-réis-real (Thalasseus maximus).

Piru-piru. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Gaivota-maria-velha em plumagem de descanso reprodutivo. Foto: Christian Beier.

Batuíra-de-coleira-dupla. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Maçarico-de-papo-vermelho. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Trinta-réis-grande. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Chegando na barra da Lagoa do Peixe, nos deparamos com um espetáculo pela grande vazão da água da Lagoa para o mar. Os peixes do mar tentam entrar na Lagoa e as gaivotas e trinta-réis aproveitam para pescar. Os flamingos não estavam lá, mas por enquanto sem frustração, afinal tínhamos mais um dia pela frente. Aproveitamos alguns trinta-réis que se agrupavam pousados nos bancos de areia que começavam a aparecer com a redução no nível da água. Ainda havia sol, mas já que demoraria para darmos toda a volta na Lagoa para voltarmos para a pousada, resolvemos que no dia seguinte valia a pena voltar ali, com sorte a Lagoa um pouco mais baixa. No entanto, os amigos Leo e Ingrid haviam ido explorar umas dunas mais afastadas, então o guia Flávio se prontificou a ir chamá-los. Mas ele volta até um pedaço e faz sinal para irmos até lá, haviam encontrado alguma coisa! A bateria da câmera de alguns já tinha esgotado, mas tinha mais um lifer nos esperando nas dunas: um mandrião-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus)! Era um único indivíduo provavelmente descansando por entre algumas dunas próximas da praia. Não parecia estar machucado, pois voou bem com a nossa aproximação e pousou a algumas dezenas de metros adiante. As últimas luzes do dia ainda possibilitaram boas fotos dele por aqueles que ainda tinham carga nas baterias das câmeras. Podemos não ter atolado os carros, mas voltando aos carros alguns de nós atolaram na areia até o joelho só para termos mais histórias para contar! Depois começou o debate de qual seria a espécie, porque o indivíduo não tinha a plumagem típica e sim uma forma escura. Mas após consultas em guias e a outros amigos com mais experiência com essas aves, foi confirmada a espécie.

Mandrião-de-cauda-comprida. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Mandrião-de-cauda-comprida. Foto: Paulo B. Rodrigues.

No dia seguinte, em um banhado ao lado da BR-101 vimos logo cedo dois cardeais-do-banhado (Amblyramphus holosericeus), e encaramos como um bom prenúncio do que viria pela frente. Em seguida pegamos a Trilha das Dunas novamente e paramos no mesmo banhado do dia anterior, tentando encontrar algumas espécies que não tínhamos visto. O arredio-de-peito-manchado (Cranioleuca sulphurifera) respondeu ao playback, mas se mostrou de forma muito breve e depois simplesmente desapareceu. Quem apareceu de novo foi o cardeal-do-banhado, pousado num fio de energia elétrica, cantando e permitiu que nos aproximássemos bastante. Algumas espécies que vimos no dia anterior também apareceram e permitiram alguns cliques, mas não nos demoramos por ainda termos outro local para explorar de manhã.

Cardeal-do-banhado. Foto: Aldatro C. Zorzan.

Arredio-de-papo-manchado. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Depois fomos na direção da Laguna dos Patos, num local conhecido por Porto do Barquinho, pela Trilha Caieiras. Já na trilha topamos com alguns cabeças-secas (Mycteria americana), que não são comuns nessa época. E logo adiante, numa vala de drenagem ao lado da estrada estava um socó-boi-baio (Botaurus pinnatus). Ave que se camufla muito bem em meio à palha para onde voou, e a distância não permitiu boas fotos. Seguimos o caminho e nos deparamos com boa parte da estrada alagada e lamacenta. Decidimos que não valia a pena arriscar, afinal ainda tinha bom trecho pela frente. Voltamos e pegamos uma outra estrada que levava até a margem da Laguna dos Patos, que estava muito cheia também. Ali o destaque foram as gaivotas-de-cabeça-cinza (Chroicocephalus cirrocephalus), mais comuns na Laguna dos Patos do que na Lagoa do Peixe. Voltando pela mesma estrada fizemos uma parada, pois havia a possibilidade de encontrar o jacurutu (Bubo virginianus) em um capão de eucalipto e taquaras. E ele estava lá para a felicidade de todos! Podia não ser lifer para todos, mas é uma ave imponente que desperta nossa admiração sempre que a vemos. Para aumentar a alegria, ele ainda pousou em um galho mais limpo e se mostrou por inteiro. O dia já estava ganho! Mas ainda na estrada de volta topamos de novo com o socó-boi-baio, que dessa vez nos permitiu um registro melhor.

Jovens cabeças-secas. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Gaivota-de-cabeça-cinza. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Jacurutu. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Socó-boi-baio. Foto: Christian Beier.

Após o almoço fomos para a praia a caminho da barra da Lagoa do Peixe. Mais ou menos as mesmas espécies que vimos no dia anterior estavam na praia. Com a adição de um indivíduo de batuíra-de-peito-tijolo (Charadrius modestus) e um indivíduo de maçarico-de-sobre-branco (Calidris fuscicollis). Além das aves nos deparamos com um jovem de lobo-marinho (Arctocephalus australis) descansando na praia, mas poderia estar machucado, ficou a dúvida e na volta não estava mais ali. Lá na barra vimos também um indivíduo de maçarico-rasteirinho (Calidris pusilla) junto com os trinta-réis. E ao fundo, lá no meio da Lagoa, estavam eles: os flamingos-chilenos, dois deles. Estavam em postura de descanso, apoiados em uma perna e a cabeça virada para trás, escondida entre as asas. Mas ainda estavam distantes para ter uma boa visão. Decidimos contornar um braço da Lagoa para ver se do outro lado teriam mais flamingos e talvez outras espécies. E foi nesse trajeto que alguns de nós de novo atolaram na areia! Vamos dizer que isso sempre é prenúncio de algo bom! E quando demos a volta, lá estava um único flamingo-chileno, mas próximo da margem. Possibilitou algumas fotos ainda pousado e deu um espetáculo ao sair voando, e foi na direção da barra. Resolvemos ir voltando, afinal tínhamos que caminhar um trecho até os carros e queríamos dar uma olhada na Trilha do Talha-mar ainda. Já na praia indo para a trilha, topamos com um único indivíduo de trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea), numa plumagem diferente da típica de adulto (talvez um jovem de primeiro ano). Interessante como algumas espécies que costumam ser mais abundantes nessa época foram registradas apenas com um indivíduo. Talvez devido à quantidade chuvas e ao nível da Lagoa, e por isso estavam em outro lugar. Difícil deduzir assim sem mais informações.

Batuíra-de-peito-tijolo. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Trinta-réis-de-bico-vermelho. Foto: Adaltro C. Zorzan.

Entramos na Trilha do Talha-mar, dessa vez pela praia, e a situação era a mesma: chegamos a um ponto em que a trilha estava submersa e ficamos por ali mesmo. Mas não foi uma viagem perdida até ali, pois vimos sargento (Agelasticus thilius), boininha (Spartonoica maluroides) e curriqueiro (Geositta cunicularia). A luz já estava indo embora, e as aves não estavam querendo se mostrar muito, então foram vislumbres e poucos cliques. Para fechar com chave de ouro, fomos agraciados com um belíssimo pôr do sol na Lagoa do Peixe.

Pôr-do-sol na Lagoa do Peixe. Foto: Adaltro C. Zorzan.

No último dia de manhã era hora de pegar a estrada de volta para casa! A família Sessegolo ainda explorou um pouco mais a área da pousada pela manhã, adicionando algumas aves aos nossos registros, totalizando em 134 espécies observadas (veja a lista completa). Fomos nos despedir do Renato e sua filha, proprietários da Aldeia Santuário das Aves, que tão bem nos receberam. Agradecemos a eles pela hospitalidade, e ao nosso guia e amigo Flávio Ronaldo pela paciência e disposição (e resgatar o cartão de memória)!

Voltando aos “cisnes negros”, quais as probabilidades de ter tudo saído melhor até que a encomenda? Um dia antes da nossa chegada a barra da Lagoa foi aberta, algo que poderia nos beneficiar. O tempo ajudou, sem chuva, pouco vento, parcialmente nublado, mas com uma luz excelente. Encontramos algumas espécies incomuns, mas as comuns também deram show. Vimos algumas espécies emblemáticas, como os flamingos, mesmo que em pequeno número. Deixamos alguns lifers de reserva para uma próxima vez! Tivemos sustos, mas que felizmente foram só sustos! Então tudo deu certo! Além disso estávamos em ótima companhia, cercados de amigos do Ave Missões, com quem passamos quatro dias muito agradáveis! Certamente é algo que vai ficar gravado em nossas memórias. Só temos motivos para agradecer!

Grupo Ave Missões na Lagoa do Peixe com guia Flávio Ronaldo. Foto: Márcia Koch.

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4 comentários:

  1. Excelente e minucioso relato, Christian!! Parabéns!! Certamente só houve motivos pra comemorar e as boas memórias permanecerão para sempre conosco!!

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  2. Excelente postagem, parabéns! Grande texto e ótimas fotos!

    Ass.:Lucas N de Porto Alegre - RS

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