Projeto Ave Missões: Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação com Aves da Região Noroeste do Rio Grande do Sul

sábado, 10 de março de 2018

A melhor coisa é poder viajar...

Albatroz-de-nariz-amarelo. Foto: DAM.
* por Dante Andres Meller
Algumas semanas atrás recebemos um convite para uma passarinhada um tanto única, em alto mar.

O local escolhido foi Rio Grande, o município gaúcho com maior número de espécies no WikiAves.

A oportunidade de ver algumas aves lendárias, como o albatroz, mexeu com os ânimos e abandonamos a firmeza da terra vermelha missioneira para se aventurar no azul do mar aberto do litoral sul gaúcho.

Rio Grande, com incríveis 325 aves registradas até o momento no WikiAves, é um município que todo passarinheiro gaúcho quer visitar um dia. O meu dia também chegou, e penso que demorou até mais do devia, dada a importância que a região tem. Claro que os objetivos da viagem eram as aves, então os locais visitados foram escolhidos especificamente a fim de termos encontros especiais.

Ilha de Torotama

No primeiro dia, guiados pelo Sessegolo, fomos até a Ilha de Torotama, local onde tivemos alguns encontros muito interessantes, com aves há bom tempo procuradas por alguns de nós, como a corruíra-do-campo, que foi lifer geral pra nós avemissioneiros.

Corruíra-do-campo (Cistothorus platensis). Foto: DAM.

Boininha (Spartonoica maluroides). Foto: DAM.

Casal de sargentos (Agelasticus thilius). Foto: DAM.

Maçarico-acanelado (Calidris subruficollis). Foto: DAM.

Carqueja-de-bico-manchado (Fulica armillata). Foto: DAM.

Garça-azul (Egretta caerulea). Foto: DAM.

Gaivota-de-cabeça-cinza (Chroicocephalus cirrocephalus). Foto: DAM.

Arredores da Ilha de Torotoma. Foto: DAM.

Banhado do maçarico

Guiados pelo Sessegolo novamente, no segundo dia fomos em direção às aves deste Refúgio, que mescla ambientes de campo e banhado em uma paisagem vasta. O procurado da vez era o arredio-de-papo-manchado, que o Pedro já havia encontrado alguns dias atrás e que nós esperávamos ver também. Além deste, muitas outras aves legais apareceram também...

Arredio-de-papo-manchado (Cranioleuca sulphurifera). Foto: DAM.

João-da-palha (Limnornis curvirostris). Foto: DAM.

Noivinha-de-rabo-preto macho (Xolmis dominicanus). Foto: DAM.

Maçarico-real ou curicaca-real (Theristicus caerulescens). Foto: DAM.

Papa-piri (Tachuris rubrigastra). Foto: DAM.

Curriqueiro (Geositta cunicularia). Foto: DAM.

Praia do Cassino

Um dos locais mais incríveis de Rio Grande é, sem dúvida, a praia do Cassino. Percorrendo a sua orla encontramos algumas daquelas típicas aves praieiras, como maçaricos, gaivotas e trinta-réis, estes últimos exigindo esforços para podermos reconhecer as espécies corretamente.

Trinta-réis-pequeno (Sternula superciliaris). Foto: DAM.

Trinta-réis-de-coroa-branca (Sterna trudeaui). Foto: DAM.

Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus). Foto: DAM.

Trinta-réis-de-bico-preto (Gelochelidon nilotica). Foto: DAM.

Gaivotões (Larus dominicanus). Foto: DAM.

Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis). Foto: DAM.

Maçarico-branco (Calidris alba). Foto: DAM.

Concentração de aves praieiras na praia do Cassino. Foto: DAM.

Aves pelágicas

O momento mais esperado da viagem estava marcado para domingo pela manhã. Todos preparados, mas com um certo ar de apreensão a bordo, enfim, muitos eram marinheiros de primeira viagem e enjoar em alto mar é coisa bastante comum. Mas, aonde mais poderíamos ver os gigantes albatrozes vagando pelos oceanos com seu voo elegante e majestoso? Também os mandriões - considerados os rapinantes do mar - e as pardelas estavam entre as aves pelágicas que procurávamos nesta saída.

Não foram somente estas aves que avistamos (e nem somente aves!). Já na saída do barco, nos Molhes, encontramos algumas aves e também alguns mamíferos marinhos bem à vontade. Depois, avistamos botos e duas baleias que, infelizmente, não oportunizaram fotos! Além do mais, os trinta-réis também apareceriam para agraciar a saída.

Maçarico-pintado (Actitis macularius). Foto: DAM

Leões-marinhos nos Molhes de Rio Grande. Foto: DAM.

Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo). Foto: DAM.

Trinta-réis-real (Thalasseus maximus). Foto: DAM.

As aves pelágicas eram o objetivo principal e depois de alguns relances à distância, como com o bobo-pequeno, finalmente, depois de cerca de 6 horas no balanço do mar, encontramos um grupo interessado nas iscas que estávamos levando conosco. Foi quando o show começou!

Bobo-pequeno ou pardela-sombria (Puffinus puffinus). Foto: DAM.

Mandrião-parasítico (Stercorarius parasiticus) melânico. Foto: DAM.

Mandrião-pomarino (Stercorarius pomarinus). Foto: DAM.

Mandrião-pomarino (Stercorarius pomarinus). Foto: DAM.

Albatroz-de-nariz-amarelo (Thalassarche chlororhynchos). Foto: DAM.

Albatroz-de-nariz-amarelo (Thalassarche chlororhynchos). Foto: DAM.

Foi uma saída inesquecível, muito obrigado ao amigo Gilberto pelo convite! Até a próxima se Deus quiser! Um grande abraço.

Grupo de "feras" esperando para zarpar pro mar. Foto: Márcia Koch.
---------------------------------------------------------------------------------
Veja também:

---------------------------------------------------------------------------------

8 comentários:

  1. Que show, Dante!!! Certamente uma experiência marcante e com ótima representação do Ave Missões!! Parabéns pelaw belas fotos 👏👏👏

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu Adaltro! Vale a pena essa saída, muita coisa interessante pra se ver! Também é um excelente aprendizado sobre aves que marinhas. Um abraço

      Excluir
  2. Amo aves. "Sempre viajo com a turma passarinheira". Obrigado por compartilhar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que ótimo Elisa! Existem diversas formas de viajar, e o objetivo dos relatos é proporcionar uma delas. Obrigado pela visita e comentário. Um abraço

      Excluir
  3. Post excepcional, parabéns! Belíssimas fotos e grandes registros dessas pérolas do nosso Estado!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Lucas! Sempre bom ver seus comentários aqui. Um grande abraço

      Excluir
  4. Muy buena postagem, me alegro que hayas podido ver tantas aves, todas me son conocidas excepto la garza azul, ese ambiente es una mezcla de lo que tenemos en la costa atlántica con otras que se ven en la zona del Uruguay y el Paraná, las aves pelágicas son las mismas que vemos cuando salimos en barco a buscarlas desde el puerto de Mar del Plata ¿cuántas millas mar adentro se internaron?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gracias Hernán! Fomos 27 milhas pra dentro do mar. Foi minha primeira saída para ver aves pelágicas, fiquei muito satisfeito. Valeu, um abraço!

      Excluir